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Os trava-línguas são pequenos textos, em prosa ou em verso, que desafiam o seu emissor a dizê-los depressa, o que se torna difícil, mesmo para adultos, devido à sucessão de sons das palavras com que se realizam oralmente. A repetição da mesma consoante cria um efeito denominado aliteração. Se forem ditos muito depressa, é quase impossível pronunciá-los sem tropeçar. Alguns dos trava-línguas tradicionais não têm outro significado senão o da dificuldade da articulação ou da repetição da mesma letra.
Este tipo de texto insere-se na categoria das formas poético-líricas da literatura tradicional de transmissão oral, com notórias influências na actual poesia infantil.
Além de serem um desafio educativo e lúdico para crianças de todas as idades, são bons exercícios de dicção nas escolas de teatro. Promovem a perspicácia, a concentração e a memória através do contacto com a riqueza fonética das palavras.
Luísa Ducla Soares assina uma colectânea de trava-línguas, Destrava Línguas, ilustrado por Susana Oliveira e editado pela Livros Horizonte.
Estes são alguns dos textos que a autora recolheu e seleccionou da tradição oral:
Este tipo de texto insere-se na categoria das formas poético-líricas da literatura tradicional de transmissão oral, com notórias influências na actual poesia infantil.
Além de serem um desafio educativo e lúdico para crianças de todas as idades, são bons exercícios de dicção nas escolas de teatro. Promovem a perspicácia, a concentração e a memória através do contacto com a riqueza fonética das palavras.
Luísa Ducla Soares assina uma colectânea de trava-línguas, Destrava Línguas, ilustrado por Susana Oliveira e editado pela Livros Horizonte.
Estes são alguns dos textos que a autora recolheu e seleccionou da tradição oral:
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A história é uma sucessão de sucessivos
A história é uma sucessão de sucessivos
sucessos que se sucedem sucessivamente.
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Percebeste?
Percebeste?
Se não percebeste,
faz que percebeste
para que eu perceba
que tu percebeste.
Percebeste?
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Percebeste?
Percebeste?
Se não percebeste,
faz que percebeste
para que eu perceba
que tu percebeste.
Percebeste?
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Tenho um colarinho
Tenho um colarinhomuito bem encolarinhado.
Tenho um colarinho
Tenho um colarinhomuito bem encolarinhado.
Foi o colarinhadorque me encolarinhou este colarinho
Vê se és capazde encolarinhar
tão bem encolarinado
como o encolarinhador
que me encolarinhou este colarinho.
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Aqui fica também um texto de José Jorge Letria, de O Livro das Rimas Traquinas:
O rei dos trocadilhos
O rei dos trocadilhos
tinha cinco filhos
que andavam sempre
metidos em sarilhos.
Um dia trocou os filhos
por cinco trocadilhos
e, contente,
acendeu rastilhos.
Uma palavra diferente
surgiu com novos brilhos.
Fez dos filhos andarilhos
e, dos trocadilhos,
os mais belos
encaixou-os em caixilhos.
O rei dos trocadilhos
tinha cinco filhos
que andavam sempre
metidos em sarilhos.
Um dia trocou os filhos
por cinco trocadilhos
e, contente,
acendeu rastilhos.
Uma palavra diferente
surgiu com novos brilhos.
Fez dos filhos andarilhos
e, dos trocadilhos,
os mais belos
encaixou-os em caixilhos.
O tempo perguntou ao tempo
Quanto tempo, o tempo tem
O tempo respondeu ao tempo
Que o tempo tem tanto tempo
Quanto tempo, o tempo tem
O tempo respondeu ao tempo
Que o tempo tem tanto tempo
Quanto o tempo o tempo tem.
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