17.5.09

Há sempre tempo para o Natal

Há quem tenha saudades do Natal que já passou...
Há quem suspire pelo próximo Natal...

Quase a meio caminho entre um e outro, aproveitamos para relembrar esta bela história, escrita pelo Renato, que obteve a menção honrosa no concurso dinamizado no 1º período pela Esc. Sec. Inês de Castro.




Numa rua iluminada, cheia de lojas bonitas e montras com brinquedos, duas crianças jogavam à bola, pés descalços e calças sujas. Eram o Rafael e o Francisco.
Enquanto brincavam, sonhavam que o pai tinha um bom emprego, que a mãe estava em casa a fazer comidas deliciosas, e que o Pai Natal ia, finalmente, trazer os brinquedos que tinham pedido (bolas de futebol autografadas, jogos coloridos, livros interessantes...), tudo o que podia encher de alegria dois meninos pequenos!
Começou a chover, o frio aumentou, e estes meninos assistiam encantados às pessoas que entravam e saíam das lojas, carregadas de lindos embrulhos e de sacos com laços. E …os garotos continuavam a sonhar... nem sentiam a chuva forte, nem o frio gélido do mês de Dezembro!
De repente, ouviu-se um chiar de pneus e um estrondo! Todos pararam... O silêncio durou dois longos minutos. De seguida, sentiram-se os passos apressados de pessoas preocupadas, os gritos de mulheres assustadas e o choro de crianças pequenas…
Os meninos pararam de jogar à bola, e começaram a correr, com toda a pressa, em direcção a um carro cinzento que tinha embatido contra um poste da luz. Tinham ouvido um bebé a chorar e ficaram preocupados, porque ninguém o ia ajudar.
Rafael, de cabelos ruivos e sardas, deu a mão ao Francisco, para correrem melhor, e depressa chegaram ao carro. Abriram a porta e pegaram no bebé que estava no banco de trás. Assim que este os viu, calou-se. Quando ele estava ao colo, sentiram o seu cheirinho agradável a água-de-colónia... não estava ferido... estava só assustado!
No meio da confusão, bastante mais tarde, surgiu então o pai do bebé, ainda atordoado da pancada na cabeça, que tinha sido projectado para fora do carro no momento do acidente. - Oh! Mafalda! Estás bem? Graças a Deus! E quem são estes pequenos heróis que te tiraram do carro?
Claro que o bebé não respondeu porque ainda não falava.
- Olá! Eu sou o Rafael e este é o meu irmão Francisco. Estávamos a jogar à bola e ouvimos o bebé a chorar. Por isso viemos logo acudir.
- Muito obrigado! Do coração! Crianças assim merecem um agradecimento especial. Quero que venham comigo a minha casa jantar e conhecer a mãe da Mafalda. Peçam as prendas que mais gostariam de receber este ano, porque, para vocês, o Pai Natal 2008 sou eu!
E foi assim que o Francisco e o Rafael tiveram um Natal diferente, cheio das prendas que tinham pedido.
Em cada ano que passa, um Pai Natal chega para todos nós!




Renato Filipe Faria Oliveira Costa Sá - 6º G


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