31.12.10
27.12.10
Babushka
Há muitos anos vivia uma velhinha num sítio muito distante. Era rechonchuda e doce como um pudim de Natal e não parava de varrer, limpar o pó e polir, desde o nascer do sol até aparecerem as primeiras estrelas.
Não havia um grão de pó ou uma teia de aranha na sua casa. Ela mantinha-se sempre ocupada, porque havia um lugar vazio no seu coração e ficava triste quando pensava nisso.
Ora, uma bela noite, Babushka estava a polir os castiçais, quando viu uma estrela nova e brilhante cintilar através da janela.
"Olha, os vidros têm uma mancha”, disse Babushka. “Só dei por isso agora. Mas que aborrecimento.”
A estrela estava escondida por detrás de uma nuvem.
Babushka começou a esfregar o vidro. Olhou lá para fora e viu um anjo no jardim.
“Boas novas!”, cantou o anjo.
“Se quiseres entrar, tens de limpar os pés”, disse Babushka.
Bateram à porta. Eram três reis com as suas coroas de ouro.
“Entrem, majestades”, disse Babushka, “mas descalcem, por favor, as vossas botas reais.”
“Andamos a seguir a estrela”, disseram os três, “que nos vai conduzir até ao pequeno novo rei. Gostarias de vir connosco?”
“Eu não tenho tempo para andar a viajar!”, disse ela. “Quem é que me lava a louça depois?”
Os camelos dos reis estavam junto do portão.
“Oh!”, disse Babushka. “Patas enlameadas a sujarem a minha entrada! Xô! Xô!”, disse sacudindo o pano do pó.
Os camelos assustaram-se e fugiram a galope para longe, e os reis foram atrás deles.
“Vou sentar-me um bocadinho para descansar os pés”, disse Babushka, “e depois vou limpar o canário.”
Mal se acabara de sentar, começou a cabecear com sono e adormeceu.
O anjo apareceu de novo e cantou uma cantiga que falava de um menino nascido num estábulo e que tinha apenas uma fralda a envolvê-lo.
A estrela, saindo de trás da nuvem, atravessou a janela com a sua luz e iluminou em cheio o rosto adormecido de Babushka, que acordou.
“Valha-me Deus!”, disse. “Um bebé num estábulo todo sujo, cheio de animais, onde nem sequer há um xaile quentinho que o tape? Tenho de me pôr já a caminho.”
Numa cesta pôs um pequeno palhaço de brinquedo, um xaile quente e uma garrafa de licor de gengibre para os mais crescidos, e pôs-se a caminho. O céu, iluminado pela estrela como se fosse de dia, estava cheio de anjos, mas Babushka não olhava para cima.
“Toda esta poeira na estrada! Isto é uma vergonha”, disse ela. Babushka viu logo adiante uma mulher e uma menina na berma da estrada. A menina estava a chorar.
“O que se passa, minha querida?”, perguntou Babushka.
“Íamos a correr para vermos o novo rei, e ela perdeu a boneca”, disse a mãe da menina.
“Pu-Ia no bolso e ela deve ter caído”, disse a menina soluçando.
Babushka tirou o palhaço de brinquedo da cesta e fê-lo dançar. A menina parou de chorar e riu.
Um pouco mais à frente, Babushka encontrou uma velhinha muito queixosa, caminhando com dificuldade.
“O que se passa, minha querida?”, perguntou Babushka.
“Eu gostava tanto de ir ver o menino”, disse a velhinha, “mas não posso ir depressa porque me doem muito as pernas.”
“Olha”, disse Babushka, “toma este licor fortificante, com todo o meu carinho. Vai-te fazer muito bem.”
A velhinha bebeu um grande gole e afastou-se a passo rápido com um sorriso no rosto e uma palavra de gratidão nos lábios.
Logo a seguir, Babushka encontrou um pastorinho transportando um cordeirinho acabado de nascer. O rapazinho fremia com frio.
“Não consegui acompanhar os outros”, disse. “Tenho os braços tão frios que não consigo levar este cordeirinho mais tempo. Ê um presente para o novo rei recém-nascido.”
Babushka aconchegou-lhe o xaile em volta dos ombros.
“Toma isto, com todo o meu amor”, disse. “Assim não sentirás frio durante a viagem.” Babushka continuou o seu caminho. A cesta parecia leve como o ar. Parou e olhou Ia para dentro. Estava vazia!
“Oh, minha velha tonta”, disse para si mesma. “Tu deste os presentes todos.”
Triste, voltou para trás pelo mesmo caminho. “Eu não posso ir saudar o menino sem levar uma prenda”, disse.
Foi quando ouviu uma voz a chamar: “Babushka!”
Era Maria.
Babushka parou, hesitante. “Eu não trago nenhum presente”, disse.
“Faz favor de entrar”, disse Maria sorrindo.
Babushka entrou e lá estava o menino envolto no xaile quentinho. O pequeno palhaço estava ao lado dele na manjedoura. José bebia o seu licor fortificante.
“Mas eu dei todas as prendas!”, disse Babushka.
“Tudo o que deste com amor deste-o também ao meu filho”, disse Maria.
Babushka observou tudo muito bem à sua volta.
“Olhem para estas teias de aranha”, disse. “Vou já limpá-las.”
Foi então que o menino estendeu os braços e sorriu. Os seus olhos pareciam a noite estrelada e profunda. O seu sorriso era o próprio amor.
Babushka sentiu uma estranha sensação que a fez esquecer as limpezas.
“Gostavas de lhe pegar?”, perguntou Maria.
Babushka tomou o menino nos braços.
Rodeada de todos os animais, Babushka fez uma festa no focinho do velho burro cinzento, e o burrinho encostou-lhe o focinho ao ouvido. O menino ria contente, tal como Babushka. Ela apertou-o contra si.
“Paz”, cantavam os anjos.
Babushka
Texto de Sandra Ann Horn
Porto, Campo das letras, 2002
21.12.10
17.12.10
Resultados do BiblioSorteio
Último dia de aulas do 1º Período!
A escola está toda animada, com o Espectáculo de Natal, com o Mercado de Natal e... com o BiblioSorteio!
A escola está toda animada, com o Espectáculo de Natal, com o Mercado de Natal e... com o BiblioSorteio!
Os premiados foram:
- 1º Prémio - nº136 - Francisca (5ºA)
- 2º Prémio - nº191 - Diogo (5ºN)
A Equipa da BECRE agradece a participação de todos
e deseja
um Feliz Natal !
14.12.10
Oficina da Escrita - «O Boneco de Neve»
Foi muito interessante a experiência desenvolvida hoje com a turma do 5ºD.
Em grupos, os alunos tiveram acesso a uma sequência de imagens retiradas do livro «O Boneco de Neve», de Raymond Briggs, e redigiram, a partir daí, uma das possíveis histórias que este livro nos proporciona.
«O Boneco de Neve»... um livro sem palavras, para ler, reler e construir uma nova história a cada leitura...
(continua)
«O Boneco de Neve» - Excerto em vídeo
«O Boneco de Neve» - Excerto em vídeo
11.12.10
Quando o Homem beijou a Lua
Quando o Homem beijou a Lua conta-te
uma das maiores aventuras da história universal.
Ao longo dos tempos, o sonho de chegar à Lua foi sendo alimentado por escritores e poetas, políticos, cientistas e astronautas.
No dia 20 de Julho de 1969, esse sonho tornou-se realidade e o Homem pôde, enfim, conhecer a Lua, pronunciando a célebre frase:
"Um pequeno passo para o Homem, um salto gigantesco para a Humanidade."
10.12.10
Postais de Natal
A BECRE disponibiliza cartões de Natal a alunos, pessoal docente e não docente. Existe uma árvore à porta da BECRE onde os frequentadores penduram os seus cartões.
Podem utilizar os cartões que existem nos vários espaços e escrever uma mensagem que será distribuída em Janeiro.
Quando os alunos falam sobre Tabagismo
os alunos do 7ºC promovem sessão sobre o tabagismo
e distribuem marcadores de livros com frases da sua autoria.
Foi uma sessão bem esclarecedora que dinamizaram algumas meninas do 7ºC, junto da Turma do 5ºH, composta por alunos que estiveram bem atentos às informações transmitidas.
A mensagem é óbvia, mas sempre necessária: trata-se de alertar para os malefícios do tabaco e do seu consumo.
Parabéns à Ana Sofia, à Carolina, à Marina, à Rute, à Mariana Coelho e à Mariana Madureira, pelo seu empenho na pesquisa e na apresentação de um assunto que toca a todos.
O coração do burrinho
Na tarde em que surgiu no céu a estrela que indicava o caminho para encontrar e adorar o futuro Rei do mundo recém-nascido, o pastor Ahmed jazia doente na sua cabana, com febre alta e sem poder mover-se. Decidiu, então, chamar o seu filho Ali , dizendo-lhe:
— Irás tu adorar o Menino, seguindo essa estrela. Levarás de presente um saquinho de tâmaras.
Ali ficou preocupado.
— E se o caminho for muito longo? É que eu ainda sou pequeno e não sou muito forte, meu pai.
— Prepara o burrinho Barai, ele levar-te á.
Mas, Barai também não era muito forte, já tinha muitos anos sobre a garupa, estava tão magro que se lhe notavam todas as costelas sob a pele, o pêlo era áspero e escasso, os olhos apresentavam-se nublados. Mesmo assim, era melhor do que nada…
Ali montou o burrinho e partiu.
Passaram-se horas e horas de uma viagem lenta antes de chegarem, já noite cerrada, a uma cabana sobre cujo telhado a estrela tinha parado.
Ali viu um menino recém-nascido que dormia sobre a palha. Um homem e uma mulher de rosto dulcíssimo dormiam junto dele. Perto do Menino estavam um boi e um asno. Ali, entendendo que era melhor não acordar ninguém, baixou da garupa de Barai, encostou-se a uma parede da cabana e adormeceu profundamente.
Barai, por seu turno, estava bem desperto, porque quando se é velho, dorme-se pouco. Ele estava morto de cansaço, mas desperto. De repente viu que o asno junto ao Menino abria os olhos.
— Eh — exclamou baixinho —. Como vais? Tu foste alvo de uma grande honra não é verdade?
— Assim foi — respondeu o outro —. Mas sabes, à força de estar parado e agachado doem-me as patas e estou todo dorido. Daria qualquer coisa para poder mover-me um pouco mas não posso abandonar o meu posto, pois o meu bafo e o do boi aquecem o Menino.
— Vai dar uma volta que eu fico a substituir-te — propôs Barai.
O asno não se fez rogado, levantou-se devagarinho e Barai ocupou o seu lugar. Barai estava deveras orgulhoso de estar junto ao Menino, de o aquecer como podia e, apesar do cansaço e do incómodo da postura, conseguiu permanecer desperto.
Entretanto, sobre aquela mísera cabana, bem alto no céu, a estrela continuava a brilhar.
Passado algum tempo o asno regressou.
— Já me sinto muito melhor. Obrigado, amigo, foste muito bom para mim.
— Oh, não foi nada, fi-lo com muito gosto, de todo o coração.
Os dois voltaram a trocar de lugar, Barai aninhou-se junto a Ali que dormia e pouco depois, também ele adormeceu.
O dia amanheceu.
O Menino acordou. Acordaram também os seus pais, o boi e o asno. Ali também acordou, adorou o Menino e ofertou-lhe o saco de tâmaras que tinha trazido de casa. Ali foi acordar Barai que dormia ainda perto de si para empreenderem a viagem de regresso a casa quando de repente arregalou os olhos de espanto.
Era o «seu» burrinho que se estava a levantar com um pequeno zurro?
O pêlo de Barai tinha-se transformado e estava agora farto e reluzente, o seu olhar era vivo, as suas costelas já não sobressaiam, parecia ter rejuvenescido muitos anos. Ali subiu-lhe para a garupa, cada vez mais maravilhado, ansioso por contar o sucedido a seus pais.
Entretanto chegavam outros pastores, camponeses, gente das redondezas, todos trazendo prendas ao menino, todos desejosos de adorar o Rei do mundo.
O Menino disse adeus a Ali com a sua mãozinha e o seu pai e a sua mãe sorriram-lhe. E Ali, que ainda não tinha conseguido compreender muito do que estava a viver, como por exemplo as mudanças que ocorreram com o seu burrinho, sentia-se muito, muito feliz.
Rossana Guarnieri
Cuentos y leyendas cristianos
Madrid, Ediciones RIALP, 2008
1.12.10
23.11.10
18.11.10
Ao sabor das ondas....
Já passaram pela Biblioteca?
Não se esqueçam de escolher um daqueles livros que vos transporta,
ao sabor das ondas,
para o mundo das aventuras e da fantasia...
16.11.10
Aprender a "Trocar Valores"
No âmbito da «Troca de Valores», o 6ºA foi à Biblioteca assistir à apresentação de duas histórias:
- uma sobre a Gratidão
- outra narrando a história do menino Tibili que não queria ir para a escola...
- uma sobre a Gratidão
- outra narrando a história do menino Tibili que não queria ir para a escola...
15.11.10
Troca de Valores
BECRE vs Formação Cívica
Com esta iniciativa , a Equipa da BECRE pretende mostrar que a formação cívica pode ser abordada através da leitura e debate de contos (muito pequenos).
Assim, serão dinamizadas sessões, na BECRE, cujos destinatários são todas as turmas do 2º ciclo (por enquanto).
Alguns dos contos foram extraídos do clube de contador de histórias, outros recolhidos da acção de formação "De pequenino se torce o leitor".
É lido um conto ou projectado um ebook, seguido de uma conversa com os alunos acerca do mesmo.
É igualmente uma oportunidade para divulgar o fundo documental relacionado com a área de Formação Cívica (DVDs, VHS e livros). A Equipa da BECRE oferece um CD ao DT com contos sobre cidadania( contador de histórias).
Outro CD (da acção "De pequenino se torce o leitor") permanece na BECRE, disponível para quem estiver interessado. Este 2º CD tem centenas de histórias.
Programação da Actividade:
Basta clicar para aumentar a grelha
9.11.10
Dás-me um tesouro?
A professora Inês encantou os alunos do 5ºD e do 5ºF com a leitura expressiva do conto «Dás-me um tesouro?», de João Paulo Seara Cardoso.
O homem de água
"Alguém tinha deixado a torneira aberta. O dono da casa nunca mais voltou, sabe-se lá por onde andaria. Talvez tivesse ido para as Ilhas Fiji; às tantas andava em busca de fortuna nas minas de ouro azul que dizem que há em África. Por fim, aconteceu que a água, ao acumular-se, transbordar, derramar-se por todo o lado, fez nascer um homem, um homem alto, azul, transparente e cristalino. Um homem de água."
Assim começa a história do Homem de água, que foi lida às turmas do 7ºA e do 7ºB.
Alguns alunos do 7ºB comentaram:
«Acho que a leitura foi excelente; a história é muito engraçada e divertida. Boa sorte para a actividade e Parabéns!»
Diogo
«Acho que a história foi muito interessante e bonita. A leitura também foi excelente.»
João Pinto
«Uma história muito divertida, interessante, gira e misteriosa. Uma boa leitura!»
Inês
«Adorei a história que a professora contou devido à imensa expressividade da fala da professora. Acho que deveria haver mais vezes sessões destas.»
Mafalda
8.11.10
A Menina Gigante
Era uma vez uma jovem gigante. Vivia recolhida na orla da floresta porque tinha medo de assustar os homens. Certa vez, tinha encontrado uma senhora a apanhar cogumelos, que arregalou os olhos e fugiu a correr, cheia de medo.
A jovem gigante ficava muitas vezes à janela de casa a pensar no que a mãe, uma mulher normal, lhe dissera:
— Um gigante, ainda vá. Mas uma gigante? Vais ficar só na vida. Nenhuma rapariga vai querer-te como amiga porque o teu tamanho inspira medo. Nenhum rapaz vai apaixonar-se por ti. Os homens gostam que as mulheres olhem para eles de baixo para cima.
Aconteceu que um guarda-florestal construiu a sua casa à beira da da menina, na orla da floresta, e olhava muitas vezes para ela, do outro lado.
O rosto que surgia à janela do primeiro andar agradou-lhe. Numa manhã, antes de ir para a floresta, acenou-lhe com a mão.
A gigante acenou-lhe timidamente e ficou a seguir o rapaz com o olhar, até ele desaparecer, pequenino, entre as árvores.
“Se viesse agora alguém do meu tamanho!”, pensava ela. A partir daquele dia, antes de ir para o trabalho, o jovem guarda-florestal passou a trocar algumas palavras com a vizinha em cima, à janela.
Pelos finais de Fevereiro, quando os dias começaram a crescer, ele ouviu falar de uma festa de Carnaval na cidade. “Vou perguntar à minha vizinha se quer vir comigo”, pensou ele.
À noite, ao regressar do trabalho, não a encontrou à janela. Bateu à porta, mas ninguém abriu. Então, rodou a maçaneta. Da porta, olhou para o quarto e assustou-se.
Estendida no chão, em cima de um colchão enorme, estava uma gigante a dormir. A sua cara era agora ainda mais bonita do que à janela. Um sorriso iluminava-a, talvez estivesse a ter algum sonho agradável.
Sem fazer barulho para não acordar a gigante, o guarda-florestal fechou a porta e foi para casa. Devia guardar segredo a respeito do que presenciara.
Na manhã seguinte, o rapaz parou debaixo da janela e gritou para cima:
— Há uma festa de Carnaval na cidade. Não quer lá ir, vizinha? Talvez eu consiga reconhecê-la, mesmo disfarçada. Olhe que era divertido!
— Oh! — balbuciou ela. — Carnaval? Não saberia de que havia de ir vestida!
— No Carnaval tudo é possível — disse o guarda-florestal a rir. — De certeza que vai haver muitos duendes, fadas, bruxas, gigantes!
A jovem pensou então: “ Esta é uma boa oportunidade para me misturar com as pessoas. Toda a gente vai pensar que eu estou mascarada de gigante. Ninguém vai assustar-se comigo.”
Então, a jovem gigante foi à cidade e misturou-se com os mascarados. Sentiu-se bem no meio de tantas bruxas, ciganas, índios e anões. Muitas pessoas, principalmente crianças, paravam a olhar para ela admiradas.
Uma menina pequenina exclamou:
— Gosto de ti, gigante. Gostava de andar às tuas cavalitas no jardim zoológico e poder finalmente olhar a girafa de frente.
A jovem gigante fechou os olhos por um momento e imaginou como seria estar com a menina e com a girafa.
— E eu — exclamou um rapazinho — gostava de andar aos teus ombros no circo. No espectáculo de ontem tive de ficar sentado atrás e não vi quase nada!
A gigante fechou os olhos por um momento e imaginou-se no circo com o menino.
— Também eu ficaria contente se te tivesse — disse um adulto. — Algumas telhas na minha quinta estão partidas e a goteira está entupida. Não te seria nada difícil arranjar aquilo.
A gigante fechou por momentos os olhos e imaginou-se a reparar o telhado do lavrador. Saber que as pessoas podiam precisar de alguém do seu tamanho deixava-a contente.
De repente, um cochicho passou pela multidão e abriram lugar a um segundo gigante. Atravessou a ponte em direcção à jovem e agarrou-a pelas mãos.
O gigante e a gigante dançaram juntos um gigantesco minuete. As pessoas batiam palmas. A gigante gostava de dançar. Finalmente podia olhar para uns olhos directamente à sua frente e não muito abaixo de si. Através da abertura da máscara, olhava para uns olhos maravilhosos, onde estavam reflectidos florestas, nuvens, o azul do céu.
“Finalmente alguém do meu tamanho!”, pensava ela. “Não foi com isto que sonhei durante tanto tempo?”
Uma espanhola mascarada esticou a mão e puxou a perna das calças do gigante. Queria saber se aquelas pernas compridas eram verdadeiras. O gigante começou a vacilar e um par de andas caiu ao chão. Viu-se então que ele não era um gigante mas um homem de tamanho normal.
Por detrás da máscara deslocada, a jovem reconheceu o seu vizinho, o guarda-florestal. As lágrimas corriam-lhe pela face.
— E tu? — perguntou uma das crianças à gigante. — Ao menos tu és a sério?
A jovem limpou as lágrimas com as costas das mãos. A cólera e a tristeza davam-lhe coragem e gritou:
— Todos têm de ficar a conhecer o meu segredo! Sim, sou uma gigante verdadeira! Moro sozinha na orla da floresta para não vos assustar! — fez uma pausa. Mas ninguém fugiu assustado.
— A sério? Mas isso é óptimo! — disse um rapazinho. E olhava para ela cheio de admiração.
O guarda-florestal, que, muito envergonhado, se afastara, aproximou-se da jovem e, cheio de coragem, disse-lhe:
— Eu também quero libertar-me do meu segredo. Há já algum tempo que sei que és uma gigante. Mas, acaso isso é razão para não te amar? Também os meus amigos, as árvores, são grandes. Se quiseres, mostro-tas amanhã.
No dia seguinte, o guarda-florestal e a jovem gigante passeavam pela floresta. E iam de mão dada!
Eveline Hasler
Die Riesin
München, Ellerman Verlag, 1996
(Tradução e adaptação)
5.11.10
O 5ºB lê para o 6ºB
«SOS - animais em perigo» foi o livro que o 5ºB escolheu para ler, de forma animada e expressiva, hoje na Biblioteca. Os alunos do 6ºB foram um público muito interessado !
2.11.10
Exposição - Livros sobre água
No âmbito do projecto "Contos de água", inicia hoje uma exposição na Biblioteca sobre livros relacionados com a temática da água. Poemas, contos, provérbios... Livros de ficção, de fantasia, científicos ou repletos de aventuras...
Não percam a oportunidade de disfrutar das sessões de leitura que vão ser dinamizadas em salas de aulas e na Biblioteca.
28.10.10
Halloween na BECRE
Esta sexta-feira, é Halloween
na Biblioteca!
Eis o que vos propomos.
- - 09h00 - o 5ºC apresenta "A velha e os bichos", "O Outono" e "Queridos animais"
- - 10h00 - Sessão de cinema: "E.T."
- - 12h00 - Sessão de cinema: "Twilight - Lua Nova"
- - 13h30 - Sessão de cinema: "E.T."
- - 15h00 - Sessão de cinema: "Twilight - Lua Nova"
Subscrever:
Mensagens (Atom)